
A primeira vez que eu ouvi falar no gênero “Southern Gothic” foi quando conheci a cantora Rykarda Parasol. Estava fuçando cantoras no last fm e encontrei a página dela. Fiquei obcecada com a música, que era uma mistura de goticagem com country, com umas letras deprês, alcoólatras e bad vibe. Minhas músicas preferidas dela: “Arrival, A Rival” e “Drinking Song“.
Por causa dela conheci outras bandas como Those Poor Bastards, Lilium, Antic Clay, Jay Munly e etc. Esse gênero acabou ficando conhecido por causa de “Far From Any Road” do The Handsome Family, que foi a música de abertura da primeira temporada de True Detective. Inclusive, esse seriado foi o primeiro que vi tendo consciência do gênero “Southern Gothic”.
Mas explicando: Southern Gothic é um gênero que se refere à literatura gótica ambientada no sul dos Estados Unidos. Os temas são geralmente sobre pobreza, o grotesco, violência, alienação, decadência, personagens excêntricos, hoodoo e afins. Alguns escritores que publicaram trabalhos dentro desse gênero são: William Faulkner, Carson McCullers, Cormac McCarthy, Harper Lee, Truman Capote, Flannery O´Connor e Tennessee Williams.
Claro que o gênero não ficou apenas na literatura, se estendeu para música, cinema e afins. E voltando ao True Detective, essa série foi uma das grandes surpresas da minha vida. Eu já sabia mais ou menos o que me esperava, mas não nesses termos. É um seriado de investigação, passado no Sul, com vários desses temas do Southern Gothic e ainda com uma pitada de horror cósmico à la Lovecraft (Aqui eu me lembro que ainda não li “O Rei de Amarelo” e pretendo mudar essa situação em breve).

A ideia desse post veio na semana passada, após assistir ao filme “The Eyes of My Mother“. Ele é um filme com falhas, com um ritmo um pouco engasgado, mas com uma ideia ótima, e o mais interessante, ele ficou na minha cabeça. Francisca é uma jovem, filha de uma portuguesa, que vive em um fazenda isolada com os pais. Ela presencia o assassinato da mãe e assim a trama corre. Todo em preto e branco, o filme tem elementos grotescos, esquisitos e uma aura muito interessante. Boa parte dele é falado em português de Portugal, e a trilha sonora é basicamente de fado, que eu aprecio muito.

Pesquisando mais sobre o tema, achei essa lista que pretendo seguir ano que vem. Alguns que já vi e recomendo “Um Bonde Chamado Desejo” (um dos preferidos da minha vida!), “Mensageiro do Diabo” (só vi ano passado e achei maravilhoso), “Coração Satânico” (esse eu vi quando era bem nova e lembro de ter gostado muito), “Com a Maldade na Alma” (esses filmes que a Bette Davis fez já senhora são incríveis, esse e “O que terá acontecido a Baby Jane?” são sensacionais), “Inverno da Alma” (não suporto a Jennifer Lawrence, mas esse filme é realmente bom!), “Cabo do Medo” (outro filme que demorei para ver e é ótimo), “Meia-noite no Jardim do Bem e do Mal” (talvez o filme mais esquisito do Clint Eastwood e muito interessante), “A Mão do Diabo” (não gostei muito, mas me foi muito bem recomendado, então pretendo rever) e “A Chave Mestra” (inovador na época, e recentemente ganhou uma cópia chamada “Jessabelle“).

Esse se tornou um dos meus gêneros preferidos em todos os campos. Em breve devo escrever sobre.
Nunca tinha ouvido falar em Southern Gothic também, mas já tinha assistido à primeira temporada da série True Detective, que é excelente.
Gostei da lista que você passou, vou procurar assistir os que eu ainda não vi.
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Depois me conta o que achou dos filmes! 🙂
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